sábado, 15 de março de 2008

Sobre o assassinato da Pró Reitora da UFPR

A professora Clotilde de Lourdes Branco Germiniani teve sua opinião sobre a onda de violência que vitimou a colega Maria Benigna publicada essa semana no jornal Gazeta do Povo. Leia a opinião da professora.

VIOLÊNCIA ILIMITADA

Todos nós que integramos a Universidade Federal do Paraná fomos sacudidos com a notícia do bárbaro assassinato da Professora Maria Benigna Martinelli de Oliveira, baleada dentro de sua própria casa.

Convivi muito de perto com a Professora Maria Benigna quando coordenávamos Cursos de Pós-Graduação na Universidade: era uma profissional capaz, competente e correta e tinha uma bela família. Fará falta como profissional, como esposa, como mãe e como amiga de quantos estiveram ao seu lado.

Estamos vivendo em uma sociedade que perdeu o controle da criminalidade. O assassinato de Maria Benigna teve repercussão por ser uma figura de projeção na sociedade: se fosse uma pessoa simples, baleada ao lhe usurparem R$ 20,00 mal daria uma nota no jornal. Justamente porque somos uma sociedade alienada onde as pessoas de boa posição sócio-econômica ignoram o que acontece à sua volta, estamos caminhando para um verdadeiro caos social onde a insegurança impera. A cada dia vemos que as trancas, os alarmes, as grades e os guardas são impotentes para conter a violência.

É preciso lembrar que o exemplo está vindo das altas esferas: se os que têm um cartão corporativo podem roubar o povo impunemente, por que o ladrão pé de chinelo não tem direito de garantir seu dinheirinho levando a bolsa ou a carteira de cidadãos honestos e trabalhadores?

Clotilde de Lourdes Branco Germiniani
Profa. do Depto. de Fisiologia – Setor de Ciências Biológicas (Aposentada)

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